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1º Encontro Nacional das Juventudes do Cerrado: Trocar, lutar e resistir

Texto produzido por jovens do GT Comunicação Popular, do Encontro Nacional das Juventudes do Cerrado

Railson Lima

Cleide Prachata

Sabrina Gabrielly

Raniere Roseira

Nos dias 14 a 16 de dezembro de 2018 na cidade de Hidrolândia (GO) aconteceu o 1º Encontro Nacional das Juventudes Cerrado, onde estiveram presentes cerca de 100 jovens de diferentes estados do Brasil (MA, TO, MT, MS, PI, BA, RO, GO, PE, SP E MG). O evento foi organizado por vários movimentos sociais: MST, CPT, Moquibom, Cimi, Rede Cerrado são todo os movimentos que apoiam a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado. Nesses três dias de encontro os jovens discutiram diversos temas, divididos em oficinas e carrosséis de experiências, fazendo uma análise de conjuntura política sobre o governo que se inicia ano que vem.

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Na Romaria do Cerrado, realizada em setembro de 2017 na cidade de Balsas (MA), as juventudes escreveram uma carta política falando da importância de mais encontros entre a juventude e aí surgiu a ideia desse encontro. Rafael Oliveira, da CPT-TO, um dos organizadores do encontro, menciona que os jovens querem resgatar suas identidades, conhecer a luta da sua comunidade. “Porque uma coisa é saber e outra é saber e participar, saber como sua vó trata o ambiente no qual ela vive, qual a relação de vida que ela tem, e se isso é importante para justamente resgatar essa identidade e ser instrumento para permanência no seu território e comunidade”.

Segundo Rafael, o encontro tem vários objetivos. “De ouvir, trocar, experimentar novos sabores, novos conceitos, novas práticas, novas ações e fazer essa troca de intercambio para fortalecer essa reunião de jovens com tanta diversidade, para que isso não fique apenas nesse momento, mas que seja um processo construtivo de caminhar para frente”.

De acordo com Emília Carla, do Moquibom, uma das organizadoras do encontro, somos nós que vamos futuramente continuar defendendo o cerrado. “Já estamos defendendo o cerrado, nós enquanto movimentos sociais e nós mulheres defendemos o cerrado por que precisamos dele para sobreviver, por que o cerrado é que tem as águas, os frutos, os animais nos quais a gente precisa deles e eles necessitam da gente para viver”.

Quanto mais cedo a juventude ter essa consciência, esse protagonismo de defender o cerrado mais vida o cerrado terá, na opinião de Emília. Para ela “o encontro está superando as expectativas, pois imaginei que os jovens iriam ficar mais tímidos, e, no entanto, está todo mundo consciente do que veio fazer, cumprindo com suas responsabilidades”.

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O nome do encontro é juventudes no plural para evidenciar essa diversidade que tem na juventude do cerrado, e essa diversidade de juventude mulheres, LGBT, negras, indígena e todas essas diversidades de jovens que habitam o bioma. “Nessa perspectiva de como dá voz para os anseios das juventudes, é que pudéssemos trazer para esse encontro as experiências de auto-organização, de geração de renda, quebrando exatamente esse estereótipo de que: “juventude não quer nada com nada, que a juventude não faz nada e que ela está no território, mas não é vista”, destaca Aline Mialho, da CPT-MT, uma das organizadoras do encontro.

O encontro não acaba aqui, as e os participantes vão retornar para suas bases e comunidades e levar para aqueles jovens que não poderão vir, a importância e a necessidade de resistir e se auto organizar das mais diversas formas possíveis: coloridas, falando axé, saravá, aleluia.

#juventudesdocerrado

#emdefesadocerrado

Juventude, Povos e comunidades