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VAZANTEIROS DO CERRADO

Os vazanteiros assim são chamados porque a agricultura praticada por eles está associada aos ciclos dos rios. Assim eles se definem em sua Carta-Manifesto: “Chamam-nos de Vazanteiros porque a nossa agricultura está associada aos ciclos de enchente, cheia, vazante e seca do rio São Francisco. Somos um povo que vive em suas ilhas e barrancas, manejando suas ‘terras crescentes’, tirando o sustento da pesca, da agricultura, do extrativismo e da criação de animais.”. Os baixões, que correspondem às terras baixas, são os locais onde a terra é mais fértil e úmida e onde se dão os assentamentos dos povos. Além de morada, é lugar também de cultivo de legumes, verduras, frutas e pasto. Além disso, as vazantes e os brejos, com seus buritizais e babaçuais, garantem o sustento dos extrativistas, que também compõem essas comunidades.

As comunidades vazanteiras do Cerrado ocupam, sobretudo, as margens do Rio São Francisco e seus afluentes. O “Velho Chico”, que nasce em Minas Gerais e corta o país até chegar ao mar pelo estado de Alagoas, é considerado uma das principais fontes de desenvolvimento da região Nordeste, principalmente devido à sua importância para a agricultura. A manutenção desses povos tradicionais em suas comunidades é uma das formas de garantir que o avanço do agronegócio não vai acabar com este rio tão importante para o desenvolvimento do Brasil e para a memória cultural e afetiva de todos nós.

Defender os povos tradicionais do Cerrado é preservar a vida. #EuDefendoCerrado

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Povos e comunidades, Sociobiodiversidade