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AS QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU

#VemdoCerrado | O Cerrado não é só fauna, flora e água. Ele é toda essa biodiversidade junto com seus povos, suas tradições e suas culturas convivendo em harmonia. Quando entendemos o Cerrado e suas zonas de transição para outros biomas como uma rede complexa de elementos interligados, conseguimos entender também a importância de cada um desses elementos dentro dessa estrutura única.

Assim como outros povos tradicionais, as quebradeiras de coco babaçu são parte dos #PovosdoCerrado e também resistem e lutam pelo bioma. Essas mulheres, que são extrativistas, mães, esposas, avós, netas, donas de casa, trabalhadoras rurais, estão unidas e organizadas em torno de algo comum: protagonizar sua própria história, preservar seu modo de vida, resistir ao desmatamento e ao agronegócio e conquistar o direito de colher os frutos em propriedades particulares.

Filhas e netas de gerações de escravos e de índios, muitas as quebradeiras não têm direitos sobre a terra ue ocupam. Muitas, inclusive, são impedidas de entrar nas fazendas para fazer a coleta do coco de babaçu. A atividade, que não agride a natureza, já que os frutos são recolhidos sem a necessidade de cortar as árvores, garante a renda de milhares de famílias brasileiras. Em alguns casos, a atividade chega a aumentar em cinco vezes a renda de uma família.

O babaçu, uma elegante palmeira que chega a medir 20 metros de altura, é nativo da Mata dos Cocais, uma região de transição entre o Cerrado e outros dois biomas: a Amazônia e a Caatinga. A conservação dessa palmeira é importante não apenas por questões econômicas para famílias que dependem de seu fruto, mas também para a manutenção da biodiversidade nessa área de transição tão importante para o Brasil.

Incentivar o protagonismo das quebradeiras de coco babaçu é proteger a biodiversidade do Cerrado. #EuDefendoCerrado

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Arte e texto: Estúdio Massa

Mulheres, Povos e comunidades, Sociobiodiversidade